Jurassic Park
A ciência por trás da ficção
Por Shannon Hunt
Agora que está prestes a lançar o novo filme da famosa trilogia de Steven Spielberg, baseada na obra de Michael Crichton, resolvemos postar esse arquivo
explicando a ciência que envolve a criação dos espécimes de dinossauros pela equipe de cientistas do parque.
explicando a ciência que envolve a criação dos espécimes de dinossauros pela equipe de cientistas do parque.
Quando o bilionário e filantropo John Hammond descobre ser possível adquirir o DNA de dinossauros a partir de mosquitos pré-históricos fossilizados em seivas de árvores, ele reúne uma pequena equipe de geneticistas e leva-os para a Ilha Nublar, com o objetivo de produzir seus próprios dinossauros vivos para serem expostos em sua nova atração: o Jurassic Park.
O processo consiste em extrair o código genético do sangue de dinossauros que foram picados por mosquitos. Após se alimentarem, esses insetos pousavam em árvores e acabavam presos na seiva (líquido viscoso que circula no interior das plantas para nutrir suas células). Quando a seiva secava, os mosquitos permaneciam preservados em seu interior durante milhões de anos (processo conhecido como fossilização).
Após obter alguns exemplares desses mosquitos por meio de escavações, John Hammond entregou-os para sua equipe de engenheiros genéticos extrair o DNA dos dinossauros. Essa tarefa foi realizada com sucesso, mas havia um problema: a cadeia genética desses seres estava incompleta, devido aos longos anos em que permaneceu no interior do mosquito.
A estrutura do DNA (ácido desoxirribonucleico) é semelhante à uma “escada em espiral”, constituída de “degraus” (nucleotídeos). A disposição desses degraus é que determina tudo o que ocorre em um organismo. Nos humanos, por exemplo, a cor dos cabelos, dos olhos, da pele, a nossa altura, enfim, tudo é determinado pelo DNA. Então, já que esse código estava incompleto, não seria possível criar os espécimes jurássicos em laboratório.
Desse modo, os cientistas do parque deveriam encontrar um modo de completar a cadeia genética desses seres. O jeito que eles conseguiram foi introduzir os genes que faltavam a partir do
de certa espécie viva que fosse compatível, nesse caso, um tipo de sapo encontrado em determinadas regiões da África. Eles também criaram um sistema de segurança para o caso da fuga desses animais, que consistia na produção de dinossauros fêmeas somente, visando impedir que eles se reproduzissem fora do laboratório.
Certos fatos acontecem ao decorrer da trama e alguns exemplares perigosos desses animais acabam escapando de seus recintos e atacando alguns funcionários do parque. Para piorar, o protagonista da história, Dr. Alan Grant, descobre que esses animais desenvolveram a habilidade de se reproduzirem em meio natural. Isso foi possível devido ao fato dos cientistas introduzirem os genes de uma certa espécie de sapo que, sob determinadas condições, pode mudar de sexo para poder se reproduzir, visando assim a manutenção da população deles em meio natural. Esse fato contribuiu para o crescimento incontrolável dos dinossauros que haviam escapado, forçando todos à abandonarem a ilha.
Esse tipo de trama nos leva a refletir sobre o uso da ciência para alterar fatos escolhidos pela natureza. Apesar de terem encontrado alguns mosquitos pré-históricos fossilizados com sangue em seu abdômen, não é possível extrair o DNA desses fósseis por serem muito antigos. Tal notícia tranquiliza qualquer pessoa que já tenha lido o livro ou assistido aos filmes do Jurassic Park.
Muito bom!! Adorei a estrutura do blog.
ResponderExcluirObrigado
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